sexta-feira, 19 de julho de 2013

Fim da rotulagem dos alimentos transgênicos: diga não!





Não querem proibir/obrigar as empresas de nada que signifique responsabilidade. Usam sempre o argumento que os pais e as mães precisam ter "liberdade de escolha", mas, ora bolas, como vamos ter liberdade para escolher sem informação? Exigimos o direito de obter informação completa e suficiente para decisão a partir da leitura dos rótulos: isso é interesse público!


Agora que interesse faz com que um grupo de deputados queira acabar de vez com a rotulagem dos alimentos transgênicos?



{A informação sobre conteúdo transgênico de alimentos deveria constar de todos os rótulos, mas hoje em dia é sonegada em vários produtos.}

{Não podemos deixar que isso aconteça e precisamos exigir que haja fiscalização séria para o cumprimento da lei que já existe. Só assim teremos liberdade de verdade.}


DIGA NÃO, ASSINE CONTRA: http://bit.ly/16E2AMn

Chá de hibisco pode causar tosse?


Pergunta:

An FYI. Minha mãe costumava tomar Lasinopril (sp?) para a pressão alta. Deu-lhe uma tosse seca terrível e ela parou de tomá-lo. Então eu li que chá de hibisco é bom para a pressão arterial elevada e comprei o chá de hibisco. Ela tomou o chá e ele fez sua tosse seca voltar (igual ao ingrediente ativo em lasinopril, ele deve vir de hibisco). Enfim, se você desenvolver uma tosse desconhecida, poderia ser a partir do chá de hibisco?

Resposta:


O mecanismo de ação para o efeito anti-hipertensivo de chá de hibisco parece ser o mesmo ( pelo menos em parte ) que o fármaco. Ambos hibisco e o lisinopril atuam para inibir uma enzima chamada ACE (angiotensin converting enzyme).
 
Quando os rins detectam uma queda da pressão arterial liberam uma enzima chamada renina na corrente sanguínea, que converte uma proteína secretada pelo nosso fígado em algo denominado angiotensina I que nos pulmões é convertido em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina a ECA (ACE do inglês). Assim, angiotensina II age então na constrição de nossas artérias e aumenta a nossa pressão arterial.
 
De qualquer forma, lisinopril (e os fitonutrientea antocianinas, das tão brilhantemente coloridas flores de hibisco) inibe a ECA, impedindo a formação de angiotensina II e subsequente aumento da pressão arterial. Mas isso não é tudo que a ECA faz, ela também degrada bradicininas, que podem aumentar a sensibilidade do reflexo da tosse.

Então, essa é a razão pela qual as drogas inibidoras da ECA podem provocar tosse em até um terço dos usuários e faz sentido que hibisco possa causar uma reação similar. As plantas também podem ser poderosas! (Confira meu vídeo Usinas ). Então, não há dúvida de que a ciência pode fazer backup de sua intuição, muito obrigado por compartilhar (e me deixando mais geek sobre a fisiologia :). Se sua mãe desenvolve uma tosse crônica quando toma chá de hibisco, ela deveria parar de beber.

Michael Greger MD

terça-feira, 16 de julho de 2013

Entenda: Ácido Úrico é de Carne e Açúcar

Carne&Açúcar

Ácido Úrico é de Carne e Açúcar



De acordo com a legenda do vídeo:

20 de junho de 2013 por Michael Greger MD 

Os seres humanos há milhares de anos, perderam a capacidade para desintoxicar o ácido úrico. Que implicações isto tem para a nossa saúde hoje em dia?
Nossa história começa cerca de 15 milhões de anos atrás. Era a época do Mioceno. As coisas pareciam estar indo muito bem, até que, ao que parece, dois meteoritos flamejantes colidiram com o que é agora a Alemanha, com uma potência estimada de alguns milhões Hiroshimas. 
Como você pode ver nas imagens do vídeo Miocene Meteorites and Uric Acid, a cratera parece pitoresca agora mas na época havia um evento de extinção em massa, acabando muitos animais. Felizmente, o ancestral comum dos seres humanos e outros grandes primatas desenvolveram uma mutação que pode ter ajudado a sobreviver. Perdemos a capacidade de desintoxicar o ácido úrico. Por que é que uma coisa boa?
O ácido úrico é produzido naturalmente pelo corpo e pode nos ajudar a segurar a gordura, o que é bom, quando não há comida aos montes graças a um incômodo asteroide. O ácido úrico também nos ajuda a reter sódio, que é bom, se não há saleiros aos montes a fora na savana, e também age quimicamente como um antioxidante, o que é bom desde que o chá verde ainda não tenha sido inventado.
Avançando rapidamente, 15 milhões de anos. Quando temos sal e calorias abundantes, a última coisa que precisamos é de mais retenção de sódio e gordura.
Mas a parte antioxidante que gostamos. Infelizmente, nem todos os compostos antioxidantes são necessariamente bons para nós. Por exemplo, o conservante químico BHA funciona impedindo a oxidação dos alimentos, mas é razoavelmente um carcinógeno humano.

Da mesma forma, o ácido úrico é quimicamente um antioxidante, mas quando você tem muito em seu sangue pode se cristalizar nas articulações, causando uma doença dolorosa chamada gota. Níveis elevados de ácido úrico também podem nos colocar em situação de risco para a hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, doença cardíaca, diabetes e morte. Então, mantendo os níveis de ácido úrico baixos é uma meta importante na dieta. Como fazemos isso? Ao evitar carne e açúcar (veja no vídeo Flesh and Fructose).
Não é surpresa que ambos, a carne e açúcar industriais, ficaram chateados com a última rodada de orientação alimentar do governo federal (EUA). Veja Dietary Guidelines: Pushback From Sugar, Salt and Meat Industries e Dietary Guidelines: Corporate Guidance.
A gota era uma das doenças da realeza, que costumava afetar só os "1%", a pequena minoria que era rica conseguia comer dietas ricas em carne. Agora todos nós podemos comer, e comemos feito reis e rainhas, três vezes por dia e sofremos das mesmas doenças. Sobre o "alimento dos camponeses" temos boas escolhas, os alimentos vegetais mais baratos, muitas vezes são os mais saudáveis. Veja   Eating Healthy on the Cheap e  Biggest Nutrition Bang For Your Buck.
Para saber mais sobre os perigos do consumo excessivo de sódio veja  Dietary Guidelines With a Grain of Big Salt  e Salt OK if Blood Pressure is OK?Para saber mais sobre comer com base em nossa herança evolutiva, consulte Paleolithic Lessons..
-Michael Greger, MD



Entrevista com a Dra. Márcia Gutierrez: Os benefícios da Vitamina D

Entrevista com a Dra. Márcia Gutierrez, farmacêutica presidente da Associação Brasileira dos Farmacêuticos Homeopatas, sobre a vitamina D. A entrevista inicia aos 13:00 min. adiantem o vídeo.



fonte: https://www.facebook.com/vitaminad3

Publicado em 16/07/2013

Dra. Márcia Gutierrez, farmacêutica presidente da Associação Brasileira dos Farmacêuticos Homeopatas -- ABFH foi entrevistada no Salutis da segunda, 15 de julho. A pauta era extensa e a convidada voltará a próxima semana para a continuidade da entrevista. Neste trecho, falamos da importância da Vitamina D, de sua toma e efeitos benéficos à saúde. 

Confira.

LEMBRANDO:

Para a saúde óssea é necessário aumentar o consumo de nutrientes como cálcio e vitaminas D e K entre outros:


A Vida que Você Escolheu


Formando senso crítico: até onde isso é alimento?


Descrição do cardápio: 

REFEIÇÃO DE 200 KCAL. CERCA DE 4 VEZES MENOS CALÓRICO QUE UM ALMOÇO NORMAL.

Esta refeição da foto tem meia lata de atum light ralado, meio miojo light, três palmitos inteiro picados, cerca de 30 gramas de repolho, 600 ml de coca light, e uma maça de sobremesa.
Fornece 36 gramas de carbohidrados, 14 gramas de proteínas e zero de gordura. Total calórico 200 kcal. 
Substituindo-se um almoço ou jantar por essa sugestão por uma semana, pode-se perder de um a dois kilos nesse período. 
Obs. tempera-se a salada com limão e sal, sem usar óleo.

---------------------------------------------

Discussão:

Então gente.... o que já expliquei para vocês? Até onde tem comida neste cardápio? O que é produto alimentício? Só a contagem calórica que importa? Tem glutamato monossódico ou sódio? Mais alguma outra observação baseado no que vocês já sabem?


A Saúde é SUA! Aprenda a Cuidar Dela!

Benefícios de uma salada bem colorida:

Achei prático para entender e bem interessante: 





FONTE: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/05/chefe-de-cozinha-ensina-receitas-para-inovar-no-preparo-de-saladas.html

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Vamos Jantar?


Deixar de jantar pode também favorecer o acúmulo de gordura, para o cérebro gordura é defesa, e a falta dessa refeição no dia pode ativar esse mecanismo de proteção pois ele vai interpretar como uma situação de risco de vida pelo não acesso ao alimento - vide: você no meio do deserto. “Quando deixamos de oferecer matéria prima adequada para o bom funcionamento do organismo ele tende a reter gordura para garantir sobrevivência e utiliza a proteína para seu consumo de energia. Isto pode fazer com que a pessoa perca peso na balança, mas o que houve foi uma perda de massa magra e não de gordura”, ressalta Denise Carreiro - Nutricionista Clínica Funcional - Lembrando: é comer comida, nada de lanche!


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Alimentos do mês de Julho!



Receitas de Bolo da Claudia Baumgaertner! Bolos sem glúten, sem soja, sem leite e sem ovos!

SIM É POSSÍVEL! rsss

by: Claudia Baumgaertner

RECEITA

Ingredientes:
3 colheres de linhaça dourada
1 1/2 xícara de açúcar
1 xíc. de farinha de arroz
1 xíc. de farinha preparada
1 colher de sopa rasa de fermento de bolo
1/2 xíc. de óleo de girassol
1/2 xíc. de leite de arroz 
2 cenouras ou 1 banana grande ou 1 xíc de nozes (medi antes de triturar)

Farinha preparada:
3 xíc. de farinha de arroz
1 xíc. de fécula de batata
1/2 xíc. de polvilho doce

Modo de Fazer
Deixe a linhaça de molho por uns 10 min. com água cobrindo (aproximadamente 3 dedos acima do nível da linhaça). Bata a linhaça, as cenouras (ou bananas), o óleo e o sal. Numa tigela, misture o açúcar, o fermento e as farinhas (e se no caso, optar por nozes, junte nesse momento). Despeje a mistura do liquidificador para a tigela e misture bem. Leve para assar em forma untada (eu usei formas de teflon sem untar!). Asse em forno quente. Bom apetite!!



Leite de arroz, se não tiver em casa é só seguir as substituições que já orientei em consultório e está descrito no Plano Alimentar!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

O Diagnóstico Nutricional:



Texto extraído do site do  Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo:

O cuidado nutricional individual é muito importante na prevenção e no tratamento das doenças relacionadas com a alimentação, como é o caso das doenças crônicas degenerativas. O estabelecimento de uma conduta dietética adequada depende do diagnóstico nutricional para avaliar a existência de fatores de risco nutricional (Krause e Mahan, 1995). O risco nutricional é o potencial prejuízo que uma alimentação inadequada, associada a fatores hereditários ou não, pode ocasionar a um indivíduo. A determinação do diagnóstico nutricional é efetuado durante uma consulta com especialistas. A consulta em Nutrição consta de quatro etapas:
  • coleta de informações;
  • análise das informações obtidas;
  • estabelecimento do plano de ação;
  • determinação da conduta dietoterápica.
A finalidade do diagnóstico nutricional é verificar a influência da alimentação na saúde do indivíduo. Isto é obtido através da avaliação do estado nutricional. As finalidades da avaliação nutricional são identificar distúrbios nutricionais, estabelecer valores básicos para avaliar a eficácia de planos alimentares e reconhecer, precocemente, potenciais riscos à saúde devido a fatores nutricionais.
Através de uma consulta, o especialista em Nutrição coleta informações pertinentes ao estado nutricional do indivíduo. Os instrumentos necessários para a obtenção do diagnóstico nutricional são história dietética, dados antropométricos, bioquímicos, antecedentes médicos, antecedentes familiares, histórico alimentar e fatores psicossociais.
  • O histórico do consumo alimentar feito através de anamnese alimentar indica a presença de hábitos alimentares errôneos que podem interferir no estado nutricional do indivíduo;
  • Dados antropométricos obtidos através das medidas de altura, peso e/ou dobras cutâneas. Fornecem informações sobre a massa e a distribuição de gordura corpórea;
  • Os exames bioquímicos indicam o estado nutricional através do estado metabólico do indivíduo, entre eles: glicemia, colesterol sérico, hemograma etc.;
  • Os antecedentes médicos indicam patologias que podem estar associadas à alimentação, como por exemplo, diabetes, obesidade, hipertensão, anemia ferropriva etc.;
  • Os antecedentes familiares indicam se os parentes próximos apresentam doenças que podem ser transmitidas por hereditariedade, como por exemplo, as acima citadas;
  • A determinação de fatores psicossociais, como ansiedade, depressão, condição sócio-econômica que podem interferir na alimentação.
A análise conjunta desses dados conduz ao diagnóstico nutricional e à determinação de uma conduta dietética específica. A prescrição dietética é definida como uma intervenção que implica na melhoria da saúde do indivíduo através de uma dieta. O plano alimentar envolve a prescrição de uma dieta adequada e balanceada e a sugestão de cardápios. Esta dieta deve levar em consideração a composição de nutrientes dos alimentos, equilíbrio entre quantidade e qualidade dos nutrientes, ingestão de alimentos e refeições do dia, respeitando a adequação e as preferências individuais (Krause, 1995).

A determinação do diagnóstico nutricional é uma tarefa complexa que envolve muitos fatores interligados. Por esse motivo, nutricionistas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo iniciaram uma discussão sobre a definição do diagnóstico nutricional, propondo que a principal pergunta a ser respondida na determinação do diagnóstico nutricional é: "a anamnese alimentar justifica ou pode justificar o estado nutricional do doente?" Segundo o estudo realizado, a conduta nutricional deve ser orientada pelo diagnóstico nutricional, por isso, a determinação do diagnóstico deve preceder o estabelecimento da conduta. A hipótese diagnóstica deve ser confirmada ou rejeitada a partir da observação evolutiva do paciente e do seu comportamento perante a conduta dietoterápica. (Baxter, Borghi e Maculevicius, 1993).

O conhecimento dos hábitos alimentares do indivíduo também é de fundamental importância para o diagnóstico nutricional. Muitas vezes hábitos alimentares errôneos podem levar ao aparecimento de doenças, principalmente as crônicas degenerativas, que poderia ser evitada. Segundo Pennington (1991), existem oito métodos de avaliação do consumo alimentar: 


Tabela 2: Métodos de avaliação do consumo alimentar (Pennington, 1991)
  • Despesa nacional de alimentos – dados da produção nacional de alimentos e de importação, subtraídos os alimentos exportados, desperdícios, armazenamento e utilização não humana de alimentos. Os resultados expressam a disponibilidade de alimentos para o consumo individual por dia;
  • Despesa familiar com alimentos – alimentos adquiridos e utilizados no período de uma semana por uma família, subtraídas as doações, o desperdício e o consumo de alimentos por hóspedes. O resultado é dividido pelo número de moradores, expressando o consumo de alimento individual por dia.
  • Anamnese alimentar a – entrevista sobre a utilização de alimentos, preparações, tamanho das porções, preferências alimentares etc. Inclui um recordatório de 24 horas ou freqüência de alimentos.
  • Freqüência de alimentos (quantitativa ou qualitativa) – questionário contendo uma lista de alimentos, com a indicação da freqüência do consumo diário, semanal ou mensal. As porções dos alimentos devem ser indicadas.
  • Recordatório de 24 horas – entrevista baseada na descrição detalhada do consumo alimentar em 24 horas, constando tipo de alimento, preparações e porcionamento. 
  • Questionário de alimentos – Informações sobre o tipo de alimento, quantidade e horários de refeições por um ou mais dias. 
  • Consumo mensurado de alimentos – são considerados o tipo de alimento e a quantidade, sendo que as porções de alimentos são pesadas em balanças de precisão, antes do seu consumo. Semelhante ao questionário de alimentos, mas com informações mais apuradas.
  • Porcionamento duplicado b – o indivíduo faz uma duplicata exata dos alimentos consumidos e coloca num recipiente durante um ou mais dias. Os alimentos são homogeneizados para a análise de nutrientes e/ou agentes contaminantes. Um questionário é preenchido juntamente com a coleta dos alimentos, descrevendo o tipo e a Quantidade consumida. 
a, na realidade, não é um método único, pois reúne informações sobre freqüência de alimentos e de questionários.
b, na realidade, não é um método para avaliação do consumo alimentar, mas sim uma forma de obter amostras de alimentos para a análise laboratorial.

Contudo, o registro e a avaliação do consumo alimentar são os mais difíceis aspectos a serem considerados na avaliação nutricional, devido a alguns fatores:
  • O indivíduo pode não lembrar exatamente o que ingeriu e em qual quantidade;
  • A ingestão alimentar do dia anterior pode ter sido atípica;
  • Por diferentes razões, o indivíduo pode não dizer a verdade.
Estes fatores ainda constituem um desafio até mesmo para especialistas. Somente através da prática torna-se possível avaliar as respostas fornecidas pelos pacientes, possibilitando a determinação de um diagnóstico mais preciso sobre a relação entre a alimentação e o estado nutricional do indivíduo.

A verificação da adequação de energia e nutrientes da dieta ingerida pelo indivíduo é feita com base em padrões nutricionais preestabelecidos como, por exemplo, o Recommended Dietary Allowances(RDA) (National Research Council, 1989). Os padrões de recomendações nutricionais são utilizados para orientar o cálculo de dietas para pessoas sadias e para verificar a adequação da alimentação referida pelo paciente em inquéritos sobre o consumo alimentar. Os parâmetros utilizados pelo RDA são idade, sexo, peso ideal, atividade física. Contudo, cabe ressaltar que os padrões são baseados em estudos populacionais e podem superestimar as necessidades nutricionais de um indivíduo.

Fonte:

NÃO ACORDE O CÂNCER QUE DORME EM VOCÊ



Dr.David Servan-Schreiber, autor do livro Anticâncer que vendeu mais de um milhão de exemplares em 26 países.




Muiiiiiiiito bom! Vale a pena assistir!





Dr. David Servan-Schreiber foi um médico e neurocientista francês, pesquisador das funções cerebrais, diagnosticado aos 31 anos de idade com um tumor cerebral altamente agressivo (gliomablastoma multiforme de estágio 4). As estatísticas para esse tipo de câncer apontavam para uma sobrevivência de no máximo 1 ano. Determinado, e tomando uma série de medidas para entender e deter o avanço da sua doença, o Dr David sobreviveu, após o diagnóstico, por quase 20 anos.

Ele escreveu o livro Anticâncer: prevenir e vencer usando nossas defesas naturais, onde conta sua história pessoal de superação, relatando as mudanças de hábitos de vida que o fizeram sobreviver e manter a saúde por muito mais tempo do que o esperado. Além de analisar substâncias e atitudes que estimulam ou freiam o desenvolvimento de tumores cancerígenos, o Dr. David discute os aspectos da vida humana contemporânea – o ambiente em que vivemos, alimentação, estados mentais e emocionais – que favorecem o surgimento e desenvolvimento do câncer. Suas análises tornam mais claras as razões pelas quais existem hoje tantos casos da doença. Ao final do livro é apresentado um manual prático das mudanças sugeridas pelo médico para prevenir e combater o câncer.

O autor enfatiza a ideia – reconhecida há milênios por medicinas tradicionais do oriente – de que nosso corpo é um “terreno” onde crescem os tecidos vivos, incluindo aí os micro tumores que todos podemos possuir. O meio ambiente, os hábitos de vida, os alimentos e os padrões mentais e emocionais são o seu “adubo”.

O câncer é uma doença crônica que pode levar muitos anos até alcançar um estágio problemático, e o seu desenvolvimento dependerá do quão propício estiver o terreno para sua proliferação. Para prevenir, ou para lutar contra a doença já instalada, é preciso, portanto, cultivar o próprio terreno – o corpo e a mente – com todo o cuidado e carinho que ele requer e merece.

A dieta anticâncer proposta pelo Dr. David Servan-Schreiber, pode ser visualizada em síntese na imagem abaixo:

A dieta anticâncer proposta pelo Dr. David Servan-Schreiber



A seguir estão algumas notas práticas, extraídas do livro, para um plano de ação:

Proteger-se
  • Arejar as roupas depois da lavagem a seco, antes de guardá-las no armário (evitar o percloroetileno da lavagem a seco).
  • Evitar cosméticos que tenham alumínio, parabenos (metilparabeno, poliparabeno, butilparabeno) e ftalatos BBP e DEHP (olhar o rótulo dos produtos).
  • Evitar produtos de limpeza que contenham alquifenóis (nonoxinol, octoxinol, nonilfenol e octilfenol).
  • Evitar cremes que contenham estrógeno ou outros hormônios placentários.
  • Evitar panelas de Teflon arranhadas.
  • Evitar aquecer comida ou líquidos em recipientes de plástico que contenham PVC ou em recipientes de isopor ou poliestireno.
  • Evitar exposição ao amianto (telhas ou caixas d’água de cimento-amianto não devem ser usadas).
  • Evitar exposição excessiva a campos eletromagnéticos de telefones celulares (durante as ligações, tentar não ficar tão perto do telefone; evitar manter o celular sempre perto do corpo, não dormir com ele muito próximo; tentar fazer chamadas de curta duração; preferir as mensagens de texto a longas horas de conversa pelo celular; escolher um aparelho com baixo nível de SAR).


Alimentação
  • Evitar alimentos de alto índice glicêmico: açúcar, farinhas brancas, pão branco, muffins, cereais de café da manhã refinados e adoçados, massas muito cozidas.
  • Evitar geleias e frutas cozidas no açúcar.
  • Evitar refrigerantes, sucos industrializados e álcool entre as refeições.
  • Evitar embutidos, salsichas, linguiça, mortadela, bacon, salames e presuntos (devido aos conservantes nitrito e nitrato).
  • Reduzir as fontes de ômega-6 (óleo de girassol, óleo de milho, óleo de soja, óleo de cártamo, margarinas, gorduras hidrogenadas, gorduras trans, gorduras animais não-orgânicas).
  • Filtrar a água da torneira com filtro a carvão ou de osmose invertida, ou utilizar água mineral ou de fonte.
  • Preferir carne, ovos, manteiga e leite de animais alimentados a pasto.
  • Preferir alimentos orgânicos.
  • Preferir alimentos de baixo índice glicêmico: frutas, arroz integral, pão integral, cereais integrais, massas “al dente”, massas semi integrais, quinoa, aveia.
  • Preferir frutas em estado natural, principalmente mirtilo, cereja, framboesa, frutas cítricas e romã.
  • Aumentar as fontes de ômega-3: peixes e crustáceos, produtos animais orgânicos, capsulas de óleo de peixe, óleo de linhaça, óleo de fígado de bacalhau, óleo de canola.
  • Aumentar as leguminosas lentilha, ervilha, feijão, grão de bico.


Outros alimentos anticâncer (preferir ou aumentar):
  • azeite de oliva.
  • couve-de-bruxelas, couve-da-china, brócolis, couve-flor (sulforafane e indole-3-carbinol).
  • cenoura, batata-doce, inhame, abóboras, tomate, beterraba (caroteno, vitamina A e licopenos).
  • espinafre (magnésio) - aqui para nós temos a couve.
  • cogumelos shitake, maitake, kawaratake ou enoki, cremini, portobello, champinhons de Paris (lentinane e polissacarídeos).
  • cúrcuma e curry
  • menta, tomilho, manjerona, manjericão, orégano, alecrim (terpenos).
  • salsa, aipo (apigenina)
  • alho, cebola, alho-poró, cebolinha
  • canela (proantocianidinas)
  • raiz de gengibre (gingerol)
  • iogurte orgânico com lactobacilos acidofilus ou lactobacilos bifidus
  • Algas nori, kombu, wakame, arame e dulse (fucoidane)
  • frutas vermelhas: morango, framboesa, mirtilo (blueberry), amora, airela (ácido elágico e polifenóis), cereja (ácido glucárico)
  • frutas cítricas: laranja, tangerina, limão, grapefruit ou pomelo (flavonoides)
  • caqui, damasco (vitamina A) e suco de romã
  • nozes e avelãs (ômega-3 vegetal, magnésio), noz-pecã (ácido elágico), amêndoa (magnésio)
  • soja orgânica, tofu (isoflavonas)
  • chocolate amargo com 70% ou mais de cacau (proantocianidina)
  • vinho tinto (resveratrol) moderadamente (no máximo uma taça por dia), durante as refeições (em dietas saudáveis)
  • chá verde (EGCG), em especial os japoneses: sencha, gyokuro, matcha
  • chá/infusão de raiz de gengibre.

Exercício e sol


  • Fazer 30 minutos de atividade física diariamente. Caminhada, corrida, aulas de ginástica, karatê, bicicleta, natação, entre outros. Não é preciso fazer muito, mas é importante que seja frequente, regular.
  • Tomar sol durante 20 minutos por dia quando for possível (produz vitamina D).

Meditação


  • Diariamente, por alguns minutos, praticar um método de auto-centragem e de tranquilidade, para “voltar a si no presente”. Yôga voltada para meditação, coerência cardíaca, tai chi, qigong, relaxamento. Voltar a atenção para dentro de si, prestar atenção na respiração, evitar a mente agitada e dispersa.

Sentimentos


  • Procurar resolver ou trabalhar melhor eventuais traumas passados.
  • Aprender a acolher e a compreender as próprias emoções: inclusive o medo, a tristeza, o desespero e a raiva.
  • Procurar deixar as emoções se dissiparem sem se prender nelas.
  • Livrar-se do sentimento de impotência.
  • Conversar, recuperar a calma e a força interior.
  • Buscar compartilhar as emoções com outra pessoa

Com uma abordagem lúcida e equilibrada, o autor recomenda uma junção dos tratamentos convencionais e naturais, psicoterapêuticos e espirituais no combate à doença. Trata-se de uma ótima leitura para todos que se interessam pela abordagem integral da saúde humana.

Fonte: 

O que é SAR? Significa Specific Absorption Rate (taxa de absorção específica).

Obs.: O livro informa muito mas não substitui diagnóstico e tratamento médico e nutricional que é INDIVIDUAL!!!!


Conheça a Obra: O Mapa das Doenças no Mundo



(Image: Odra Noel/Scientific Art/odranoel.eu)

Doença e morte é o destino em comum da humanidade, mas o fim depende muito da parte do mundo em que você vive. Esta obra aborda esse ponto, combinando a beleza da microscopia com a geografia das doenças. Cada continente é pintado como visto microscopicamente, sendo partes do tecido do corpo  humano que, quando doentes ou disfuncionais, causam morte ou doenças para as pessoas que lá vivem.

América do Norte é construído a partir de tecido adiposo (gordura corporal) devido a epidemia de obesidade. Europa e Rússia é representada por tecido cerebral, o que representa a doença neurodegenerativa devido ao seu envelhecimento populacional. Leste da Ásia e região do Pacífico é mostrado como o tecido pancreático, que quando doente causam diabetes. Groelândia é marcada pelo tecido onde são formados os espermatozoides,  representando a infertilidade.

A África parece ser coberta por células sanguíneas e parasitas, tais como a malária, os índices de HIV lá também são elevados, assim como, provavelmente anemias específicas, exemplo: a anemia falciforme. 

América Central e do Sul estão aqui representadas pelo tecido pulmonar (pulmões), infecções respiratórias e tabagismo são a principal causa de morte, segundo a Obra. Existe uma única artéria que está no meio(?) da floresta amazônica, e escondido entre os tecidos estão cinco mitocôndrias (eu contei 08,?), que é a organela responsável pela produção da energia química que as células precisam para viver, é o foco atual de muita pesquisa devido ao seu  importante papel na morte, doença e envelhecimento.

Grandes áreas do Oriente Médio e da Ásia Central são mostrados aqui como o músculo cardíaco (coração), essas regiões estão com um aumento dos níveis de hipertensão e outras causas de insuficiência cardíaca e cardiovascular. 

A artista, Odra Noel, é treinada como médica (?), ela usa seus conhecimentos de órgãos e tecidos, estrutura celular e mitocôndrias neste seu trabalho artístico. Ela diz que pintou este trabalho em seda para evocar velhos mapas.

O mapa das doenças no mundo estará em exposição a partir de 02 de julho na Exposição de Verão de Ciências da Royal Society, em Londres. Este festival de ciência e tecnologia exibe tudo, de termometria acústica até zebrafish genetics ("genética do peixe-zebra").
Fonte: