quarta-feira, 27 de março de 2013

Grã-Bretanha quer banir corantes ligados à hiperatividade.


Uma publicação da BBC, sobre os aditivos químicos que AINDA estão presentes em produtos alimentícios disponíveis aos brasileiros:


Estudo revelou que corantes podem afetar comportamento das crianças.

Uma agência do governo britânico de alimentos defendeu nesta quinta-feira que a Europa
proíba o uso de seis corantes artificiais, depois que um estudo revelou que essas substâncias podem estar ligadas à hiperatividade infantil.
Estudo revelou que corantes podem
afetar comportamento das crianças

"A evidência que temos sugere que seria recomendável retirar esses corantes dos  alimentos", afirmou a presidente da Foods Standard Agency (FSA), Deirdre Hutton.

Um estudo realizado a pedido da FSA e concluído em setembro do ano passado revelou que crianças passaram a agir impulsivamente e perderam a concentração depois de consumir uma bebida contendo altos níveis de aditivos.

O estudo reuniu 300 crianças. Três tipos de bebida foram distribuídos entre elas - uma contendo uma mistura forte de corantes e outros aditivos, uma que continha a média de aditivos comumente consumida diariamente por uma criança e um "placebo", sem nenhum tipo de aditivo.

O nível de hiperatividade das crianças foi medido antes e depois, e os pesquisadores concluíram que a bebida com a maior quantidade de aditivos teve um efeito "significativamente adverso" se comparado ao efeito da bebida sem aditivos.

Os corantes utilizados na pesquisa foram o amarelo crepúsculo (E110), amarelo tartrazina (E102), ponceau 4R (E124), azorrubina (E122), vermelho 40 (E129) e o amarelo quinolina (E104).

Na época da conclusão do estudo, a FSA aconselhou pais de crianças hiperativas a ficarem atentos aos riscos existentes no consumo de corantes, mas foi criticada por não fazer recomendações mais fortes.

Pressão

"Nós gostaríamos que o uso desses corantes fosse abandonado ao longo de um período. Mas isso requer uma ação da União Européia que obrigasse os países", afirmou Hutton nesta quinta-feira.

Como uma proibição desse tipo poderia levar anos até ser aprovada pela União Européia, a agência britânica de alimentos quer que os ministros britânicos pressionem fabricantes a optar pela remoção voluntária dos corantes até o ano que vem.

A agência européia para segurança dos alimentos disse, em março do ano passado, que os efeitos de corantes no comportamento das crianças eram pequenos, mas disse que essas substâncias poderiam se removidas da dieta sem custo ou risco, já que os aditivos não têm benefícios nutricionais.

Um porta-voz da Federação Britânica de Alimentos e Bebidas, que representa empresas da indústria alimentícia, disse ter ficado surpreso com a recomendação para que governo pressione os fabricantes.

"Os fabricantes britânicos já estão retirando esses corantes de vários produtos", disse Julian Hunt.

Ele disse que os fabricantes estão preocupados que alguns produtos dos quais não foi possível remover os aditivos tenham de ser eventualmente retirados das prateleiras dos supermercados.

Um porta-voz do Departamento de Saúde britânico disse que o governo pedirá para que a FSA continue a trabalhar com os fabricantes para convencê-los a retirar os corantes voluntariamente.

fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080410_aditivos_mp.shtml


Um exemplo de aditivos ligados há hiperatividade:



domingo, 24 de março de 2013

Bebês estão sendo superalimentados com leite em pó, diz OMS


Algo que canso de dizer em consultório aos pais:

Muitos bebês estão sendo superalimentados nos primeiros meses de vida, segundo um estudo produzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O estudo da OMS foi feito em seis países,
incluindo o Brasil
Novos dados levantados pela organização mostram que as tabelas de crescimento superestimaram o peso que os bebês devem ganhar na fase de crescimento, o que teria levado ao uso excessivo do leite em pó.

Segundo a pesquisa da OMS, que analisou 8.440 crianças em seis países, incluindo o Brasil, as tabelas de crescimento usadas por profissionais da saúde estão erradas.

O resultado mostra que os bebês que são amamentados apenas por leite materno são mais magros e mais altos do que aqueles que tomam leite em pó, mas os cientistas dizem que isso é   perfeitamente saudável e é a maneira que os bebês devem crescer.

A OMS descobriu que o peso ideal para bebês de 2 anos ou 3 anos estava de 15% a 20% mais alto nas tabelas de crescimento usadas pela organização.

As tabelas sugerem que crianças de um ano pesem entre 10,2 kg e 12,93 kg, quando na verdade deveriam pesar entre 9,53 kg e 11,79 kg, de acordo com a OMS.

Os pesquisadores dizem que a superalimentação das crianças pode explicar em parte por que a atual geração de adultos é a mais obesa de todos os tempos.

A OMS disse ainda que vai publicar novas tabelas de crescimento até o final do ano.

Dieta
As tabelas atuais de crescimento de crianças são baseadas em estudos feitos com bebês que se alimentavam de leite em pó há mais de 20 anos.
  
Essas pesquisas sugeriam que os bebês que eram amamentados exclusivamente do leite materno normalmente não cresciam de maneira adequada nos primeiros meses porque ganhavam peso em uma velocidade menor.
Por isso, as mães eram aconselhadas a suplementar a dieta das crianças com leite em pó ou até mesmo trocar a amamentação por completo.

No entanto, nos últimos anos ficou comprovado que o leite materno tem a melhor combinação de nutrientes para o crescimento de uma criança.

Crescimento
"Os novos padrões oferecem uma melhor descrição do crescimento psicológico e estabelecem que a amamentação das crianças é a regra biológica", diz Mecedes de Onis, uma das pesquisadoras da OMS.

Segundo Prakash Shetty, chefe do planejamento nutricional do Fundo para Agricultura e Alimentos das Nações Unidas (FAO), as novas recomendações significam que as calorias ingeridas diariamente pelas crianças devem ser 7% menor do que os níveis recomendados atualmente.

"Se você analisa as necessidades dessas crianças que são alimentadas exclusivamente de leite materno, é possível perceber que elas precisam de menos calorias do que aquelas que se alimentam de leite em pó", diz Shetty.

Ele também afirma que a maneira que a ingestão de calorias é medida deveria ser mudada, inclusive para adultos.
Em vez de ter quantidades diferentes para homens e mulheres, as pessoas deveriam ser aconselhadas de acordo com a energia que elas gastam diariamente.

Uma pessoa que fica o dia todo sentada e não faz qualquer exercício deve consumir menos que 1,7 mil calorias - um número bem menor do que as de 2 mil calorias para mulheres e 2,5 mil para homens recomendadas atualmente.
  
Uma mudança também aconteceria para uma pessoa que faz muitos exercícios, que deveria passar a consumir cerca de 4 mil calorias por dia.
  
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/02/050204_leitecl.shtml