Durante a gestação, a placenta e o feto passam a fabricar mais hormônios para manter a gravidez. Dentre eles, estão o HPL (produzido pela placenta), que é um hormônio contra-insulínico, o que torna a gestação um estado diabetogênico.
Como conseqüência, há maior excreção de glicose pelos rins (glicosúria), o que propicia um meio mais adequado para a proliferação de bactérias. Juntamente com isso, a progesterona (também produzida pela placenta), proporciona dilatação pielo-calicial e, consequentemente, maior estase urinária.
Estes fatores somados (glicosúria, dilatação e estase), levam a uma proliferação bacteriana, que pode tornar-se uma bacteriúria assintomática e evoluir com complicações mais graves como pielonefrite, sepse, ruptura prematura de membranas e até abortamento.
A partir disso, pode-se perceber a importância de ter atenção dobrada com infecções do trato urinário em gestantes.
Milena Culpi - semiologia II - 2012.2
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