quarta-feira, 1 de maio de 2013

Sensibilidade ao glúten atinge um número de pessoas sete vezes maior do que a doença celíaca.


Problemas de saúde relacionados ao consumo de alimentos com trigo, aveia, cevada e centeio não são sinônimo de doença celíaca – patologia autoimune que afeta o intestino delgado de adultos e crianças geneticamente predispostos e que é precipitada pela ingestão de alimentos com glúten. Há milhões de pessoas no Brasil e em todo mundo que, apesar de não terem diagnóstico de doença celíaca, apresentam alergia (ou sensibilidade) ao glúten sem saber. Estimativas apontam que a sensibilidade ao glúten afeta um número de pessoas entre seis e sete vezes maior do que a doença celíaca, cuja prevalência é de cerca de 1% da população.
O caso da carioca Solange Lins, 54 anos, é um exemplo de como a sensibilidade não diagnosticada ao glúten pode afetar a vida de uma pessoa por décadas. Cheia de problemas de saúde desde criança, ela procurou em 2010 a nutricionista funcional Noadia Lobão, depois de assistir uma palestra dela sobre problemas relacionados ao glúten. Na primeira consulta, ela contou que havia entrado na menopausa bruscamente, estava engordando, tomando antidepressivo e ainda assim se sentia muito prostrada. Também relatou problemas de vitiligo, tireóide, queda de cabelo, hipoglicemia, hipertensão e dor de cabeça.
A nutricionista desconfiou logo de que poderia haver relação entre os problemas relatados e o consumo de glúten. Assim, ela pediu que a paciente procurasse um médico de sua confiança para que este diagnosticasse se as causas de seus sintomas era a doença celíaca. O médico solicitou os exames exames, mas estes não acusaram a doença.
Como a paciente continuava a apresentar uma série de sintomas, principalmente cansaço, dor de cabeça, hipoglicemia reativa, problemas circulatórios e gastrointestinais, a Dra. Noadia, com o aval do médico, passou uma dieta sem glúten para Solange, e em menos de uma semana ela sentiu uma melhora de todos os problemas que há anos a incomodavam. Em um e-mail enviado para a nutricionista, ela diz: “substitui os alimentos e estou me sentindo muito bem, como não me sinto há não sei quanto tempo. Troquei, por exemplo, o pão pelo biju, pela mandioca; etc. Não estou sentindo falta de nenhum alimento”.
Alguns meses depois a nutricionista pediu que Solange voltasse a comer alimentos com glúten para que ela fizesse o exame genético de doença celíaca. Solange seguiu a orientação da Dra. Noadia, que desejava, juntamente com o médico, descartar de vez a possibilidade de ela ter a doença. Porém, dois dias depois de voltar a consumir glúten, a paciente começou a se sentir muito mal, como se sentia antes da dieta de restrição alimentar. Em e-mail enviado para a nutricionista, ela diz que acha que não vai aguentar esperar o exame. Solange pediu, então, a opinião do seu medico, que a aconselhou a suspender imediatamente o consumo de glúten. Desde então, tratada pela nutricionista functional e pelo médico homeopata, sem comer mais nada que contenha glúten, ela vem se sentindo bem melhor.
Abaixo, entrevista com Solange Lins:
Que problemas de saúde você apresentava antes de começar a excluir o glúten e perceber melhoras?
R: Tenho 54 anos e desde a adolescência venho sofrendo e buscando tratamento para uma série de doenças autoimunes como: constipação intestinal, diarreia, vitiligo, hipertireoidismo, alopecia, hipoglicemia, cistos, anemia, depressão, insônia, desânimo, entre outros.
Antes da orientação recebida no sentido de excluir o glúten, você tinha o hábito de incorporá-lo à alimentação diária?
R: Sim. O glúten sempre esteve presente na maioria das minhas refeições.
Ao longo de sua vida, desde a sua infância, o que os médicos falavam a respeito dos problemas que você apresentava? Nenhum deles chegou a suspeitar de sensibilidade ao glúten?
R: Eles sempre tratavam as doenças de forma isolada e nenhum suspeitou da sensibilidade ao glúten.
O que a levou a procurar uma nutricionista funcional? Foi por meio dela que você soube que o seu problema podia estar relacionado à ingestão de glúten?
R: Fui à Dra. Noadia Lobão depois de assistir uma de suas palestras, onde  ela falou de coisas que eu sentia e não conseguia melhorar com medicamentos. E foi por meio dela que descobri a relação dos meus problemas com o glúten. Com a maioria dos médicos nem toquei no assunto, pois os conhecia e sabia que não concordavam nem com a ingestão de suplementos receitados por nutricionista. Só falei com meu homeopata, que concordou com o diagnóstico e me apoiou.
Como foi a sua reação à dieta sem glúten?
R: Iniciei imediatamente o tratamento, pois precisava fazer algo para melhorar, não aguentava mais viver doente. Deixei de comer coisas que não vivia sem, como: bolos, pães, biscoitos, entre outros. Mas estava feliz por ter a esperança da melhora.
E hoje, como você está se alimentando? E como tem se sentido?
R: Hoje não como nada que contenha glúten, faço sempre substituições. Me sinto ótima, a indisposição que me acompanhava acabou, e a nutrição funcional passou a fazer parte da minha vida.


Documentário - Filme sugerido aos pacientes:


FILME - "Somos todos cobaias?" 



O filme consiste de duas partes. A primeira parte mostra os supostos perigos de uma dieta contendo organismos geneticamente modificados (OGM), enquanto o segundo descreve os riscos que as usinas nucleares . O filme tenta mostrar que o homem se apropriou dessas tecnologias sem extenso conhecimento, enquanto a contaminação irreversível da vida ocorre em testes ambientais ou de saúde real. O filme faz a pergunta "Somos todos cobaias? ".

Em relação à parte GM (geneticamente modificado), o filme é baseado no estudo de ratos de laboratório e revelou em 2012 pelo professor Gilles-Eric Séralini dentro do Comitê de Pesquisa e Informação Independente sobre Engenharia Genética (CRIIGEN), que representa a data de acordo com seus autores, o estudo mais longo do consumo de produtos agrícolas transgênicos (o NK 603 ) com o pesticida Roundup .
A questão nuclear é baseado principalmente em danos ecológicos, humanos e materiais de um acidente nuclear em Chernobyl (abril de 1986) e Fukushima (março de 2011).







                                    SOMOS TODOS COBAIAS.mov