quarta-feira, 27 de março de 2013

'Corante de hambúrguer pode causar câncer'


A substância E128, também conhecido como Vermelho 2G, usada como corante em hambúrgueres e salsichas pode causar câncer, segundo alerta da Autoridade Européia de Segurança Alimentar.

O painel da organização especialista em aditivos alimentícios recomendou que o corante não fosse mais considerado seguro para o consumo humano.

A Agência Britânica de Padrões Alimentares está atualmente investigando se ainda são vendidos na Grã-Bretanha produtos que contém E128 .
O corante é encontrado
 em hambúrgueres e salsichas

Segundo as atuais leis da União Européia, quantidades limitadas do Vermelho 2G são permitidas para o uso em salsichas com um mínimo de conteúdo de cereais de 6% e em carne de hambúrguer com um mínimo de conteúdo de vegetais e/ou cereais de 4%.

Ratos

O corante Vermelho 2G é convertido pelo corpo em um composto oleoso, a anilina. Exames em ratos e camundongos indicam que esta substância tem o potencial de desencadear o câncer.

Os roedores injetados com anilina desenvolveram tumores cancerosos.

"Devido às novas provas científicas, não pode ser excluído o fato de que o potencial carcinogênico ocorre devido ao dano ao material genético das células. Portanto não é possível determinar o nível de consumo para anilina que possa ser considerado seguro para humanos", disse uma declaração do painel da Autoridade Européia de Segurança Alimentar.

"O painel concluiu então que o Vermelho 2G deve ser visto como um motivo de preocupação quanto à segurança", acrescenta a declaração.

A Autoridade Européia de Segurança Alimentar, que está examinando novamente as provas científicas em todos os corantes alimentícios, comunicou as suas recomendações à Comissão Européia.

O Vermelho 2G já é proibido em vários países, incluindo o Japão.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/07/070710_aditivohamburguercancerfn.shtml

Dois em cada 5 remédios infantis 'têm aditivos que causam hiperatividade.


Um estudo conduzido na Grã-Bretanha apontou que 40% dos medicamentos infantis comercializados no país contêm aditivos que podem provocar hiperatividade em crianças.
Alguns remédios são receitados
para menores de 3 anos
A pesquisa, realizada por especialistas da ONG Food Commission, analisou 50 medicamentos administrados em crianças, incluindo analgésicos, xaropes e antibióticos.

Os pesquisadores descobriram que dos 50 medicamentos, 28 continham substâncias químicas associadas à falta de concentração e impulsividade.

Essas substâncias, a maioria corantes e conservantes, estão em uma lista de sete aditivos apontados em um estudo da Universidade de Southampton University divulgado em setembro passado, que mostrou evidências de que misturas de corantes e conservantes teriam ligação com níveis elevados de hiperatividade em crianças.

Aditivos

Segundo a Food Commission, alguns dos medicamentos com as substâncias são receitados para crianças com menos de três anos.

Os aditivos foram encontrados em 17 dos 37 remédios produzidos à base de paracetamol, entre eles o popular Calpol. Também foram encontrados aditivos em dois de 11 medicamentos feitos com ibuprofeno e em quatro de nove xaropes analisados.

Entre os antibióticos, três dos cinco produtos feitos à base de amoxilina e duas das oito fórmulas à base de eritromicina também continham as substâncias.

Segundo a Food Commission, os aditivos encontrados foram os corantes alimentícios Tartrazina, Quinilina amarela, Carmoisina, Ponceau 4R e Vermelho allura, além do conservante Benzoato de Sódio.

Anna Glayser, porta-voz da Food Commission, alertou os pais para o “perigo das substâncias”.

“Nós pedimos que os farmacêuticos dêem o cartão vermelho para corantes artificiais desnecessários. Como as bulas ficam escondidas dentro das caixas, é quase impossível para os pais saberem qual produto estão comprando.”

“Muitos pais não querem expor seus filhos a aditivos desnecessários, especialmente os que são ligados à hiperatividade e outros problemas de saúde”, disse a porta-voz.

A associação dos produtores de medicamentos da Grã-Bretanha, Proprietary Association of Great Britain, disse, em comunicado, que não há evidências de que o uso de aditivos em remédios para crianças seja prejudicial à saúde.

"Os aditivos têm uma função válida, como evitar que o medicamento prescreva ou dar uma cor mais atraente do que a apresentada pelos ingredientes originais".

A associação disse, no entanto, que está esperando uma revisão que está sendo realizada pela Autoridade Européia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) sobre o uso de corantes alimentícios e "tomará atitudes se necessário".