quarta-feira, 27 de março de 2013

Dois em cada 5 remédios infantis 'têm aditivos que causam hiperatividade.


Um estudo conduzido na Grã-Bretanha apontou que 40% dos medicamentos infantis comercializados no país contêm aditivos que podem provocar hiperatividade em crianças.
Alguns remédios são receitados
para menores de 3 anos
A pesquisa, realizada por especialistas da ONG Food Commission, analisou 50 medicamentos administrados em crianças, incluindo analgésicos, xaropes e antibióticos.

Os pesquisadores descobriram que dos 50 medicamentos, 28 continham substâncias químicas associadas à falta de concentração e impulsividade.

Essas substâncias, a maioria corantes e conservantes, estão em uma lista de sete aditivos apontados em um estudo da Universidade de Southampton University divulgado em setembro passado, que mostrou evidências de que misturas de corantes e conservantes teriam ligação com níveis elevados de hiperatividade em crianças.

Aditivos

Segundo a Food Commission, alguns dos medicamentos com as substâncias são receitados para crianças com menos de três anos.

Os aditivos foram encontrados em 17 dos 37 remédios produzidos à base de paracetamol, entre eles o popular Calpol. Também foram encontrados aditivos em dois de 11 medicamentos feitos com ibuprofeno e em quatro de nove xaropes analisados.

Entre os antibióticos, três dos cinco produtos feitos à base de amoxilina e duas das oito fórmulas à base de eritromicina também continham as substâncias.

Segundo a Food Commission, os aditivos encontrados foram os corantes alimentícios Tartrazina, Quinilina amarela, Carmoisina, Ponceau 4R e Vermelho allura, além do conservante Benzoato de Sódio.

Anna Glayser, porta-voz da Food Commission, alertou os pais para o “perigo das substâncias”.

“Nós pedimos que os farmacêuticos dêem o cartão vermelho para corantes artificiais desnecessários. Como as bulas ficam escondidas dentro das caixas, é quase impossível para os pais saberem qual produto estão comprando.”

“Muitos pais não querem expor seus filhos a aditivos desnecessários, especialmente os que são ligados à hiperatividade e outros problemas de saúde”, disse a porta-voz.

A associação dos produtores de medicamentos da Grã-Bretanha, Proprietary Association of Great Britain, disse, em comunicado, que não há evidências de que o uso de aditivos em remédios para crianças seja prejudicial à saúde.

"Os aditivos têm uma função válida, como evitar que o medicamento prescreva ou dar uma cor mais atraente do que a apresentada pelos ingredientes originais".

A associação disse, no entanto, que está esperando uma revisão que está sendo realizada pela Autoridade Européia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) sobre o uso de corantes alimentícios e "tomará atitudes se necessário".

Grã-Bretanha quer banir corantes ligados à hiperatividade.


Uma publicação da BBC, sobre os aditivos químicos que AINDA estão presentes em produtos alimentícios disponíveis aos brasileiros:


Estudo revelou que corantes podem afetar comportamento das crianças.

Uma agência do governo britânico de alimentos defendeu nesta quinta-feira que a Europa
proíba o uso de seis corantes artificiais, depois que um estudo revelou que essas substâncias podem estar ligadas à hiperatividade infantil.
Estudo revelou que corantes podem
afetar comportamento das crianças

"A evidência que temos sugere que seria recomendável retirar esses corantes dos  alimentos", afirmou a presidente da Foods Standard Agency (FSA), Deirdre Hutton.

Um estudo realizado a pedido da FSA e concluído em setembro do ano passado revelou que crianças passaram a agir impulsivamente e perderam a concentração depois de consumir uma bebida contendo altos níveis de aditivos.

O estudo reuniu 300 crianças. Três tipos de bebida foram distribuídos entre elas - uma contendo uma mistura forte de corantes e outros aditivos, uma que continha a média de aditivos comumente consumida diariamente por uma criança e um "placebo", sem nenhum tipo de aditivo.

O nível de hiperatividade das crianças foi medido antes e depois, e os pesquisadores concluíram que a bebida com a maior quantidade de aditivos teve um efeito "significativamente adverso" se comparado ao efeito da bebida sem aditivos.

Os corantes utilizados na pesquisa foram o amarelo crepúsculo (E110), amarelo tartrazina (E102), ponceau 4R (E124), azorrubina (E122), vermelho 40 (E129) e o amarelo quinolina (E104).

Na época da conclusão do estudo, a FSA aconselhou pais de crianças hiperativas a ficarem atentos aos riscos existentes no consumo de corantes, mas foi criticada por não fazer recomendações mais fortes.

Pressão

"Nós gostaríamos que o uso desses corantes fosse abandonado ao longo de um período. Mas isso requer uma ação da União Européia que obrigasse os países", afirmou Hutton nesta quinta-feira.

Como uma proibição desse tipo poderia levar anos até ser aprovada pela União Européia, a agência britânica de alimentos quer que os ministros britânicos pressionem fabricantes a optar pela remoção voluntária dos corantes até o ano que vem.

A agência européia para segurança dos alimentos disse, em março do ano passado, que os efeitos de corantes no comportamento das crianças eram pequenos, mas disse que essas substâncias poderiam se removidas da dieta sem custo ou risco, já que os aditivos não têm benefícios nutricionais.

Um porta-voz da Federação Britânica de Alimentos e Bebidas, que representa empresas da indústria alimentícia, disse ter ficado surpreso com a recomendação para que governo pressione os fabricantes.

"Os fabricantes britânicos já estão retirando esses corantes de vários produtos", disse Julian Hunt.

Ele disse que os fabricantes estão preocupados que alguns produtos dos quais não foi possível remover os aditivos tenham de ser eventualmente retirados das prateleiras dos supermercados.

Um porta-voz do Departamento de Saúde britânico disse que o governo pedirá para que a FSA continue a trabalhar com os fabricantes para convencê-los a retirar os corantes voluntariamente.

fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080410_aditivos_mp.shtml


Um exemplo de aditivos ligados há hiperatividade: